terça-feira, 29 de julho de 2014

Recortes das revistas de decoração

Foi muito difícil deixar ir as revistas de decoração, levei meses, vai, não vai, vai , não vai. Finalmente um dia, naturalmente, quase sem sofrimento, levei-as para a reciclagem. Isto é um exemplo de apego material, que não tenho com a maioria dos objetos que possuo, mas que tinha com as revistas e ainda tenho com a roupa. Estou a referir-me a roupa nova e atual (peças velhas ou desatualizadas não sinto apego, vai para o lixo ou dou), porém imensa roupa, muito mais para além das minhas necessidades e desejos. Entenda-se necessidade, não andar nua, e desejo, gostar de variar os modelitos.
Antes de deixar ir as revistas de decoração, vi algumas e fiquei com alguns recortes. Uns já foram para o lixo, um dia em que já estava farta do assunto destralhar revistas. Os restantes, tirei uma foto e tiveram o mesmo final: lixo!

 
Tenho um sofá castanho, idêntico a este. A cor é escura, torna a sala escura, já estou cansada do sofá e procuro soluções para dar mais vida ao sofá e à sala. Almofadas beges e um cobertor no mesmo tom contrasta com o sofá e está em equilíbrio com o resto da divisão em tons da natureza, tons terra. A minha sala é estilo rústico, bege do cortinado e tapete, madeiras castanhas, tetos em madeira. Estes tons tem uma coisa boa, não me chateiam e não me cansam.

 
O meu quarto também sofre do mesmo problema, demasiado castanho escuro dos móveis. Comprei uma colcha bege que faz toda a diferença. Mais leve e luminoso.


 
No inverno, posso conjugar diversos tons bege nas várias camadas da cama. Eu sou muito friorenta e no inverno tenho 2 edredons e um cobertor. Estou no campo e sem aquecimento, justifica-se, sim encalorados?

 
Gostei muito desta solução, castanho escuro e verde. No entanto, teria de investir em muitas coisas novas (cortinados, candeeiro, almofadas, ou outros pequenos ou grandes apontamentos em verde). Comprar é exatamente o contrário daquilo que quero agora. Quero ter menos coisas e não é a  comprar que chego ao meu objetivo de reduzir o número de objetos.
Reparei que depois dos tons terra, o verde é a cor que mais gosto e utilizo na decoração.

 
Adorei esta imagem. Faz-me sonhar. Leva-me para longe. Viajar. Tem tudo o que mais gosto: mar, uma paisagem deslumbrante, aqueles ilhéus para explorar (fui muito feliz nas Berlengas e em Porto Covo e na ilha do Pessegueiro), uma cama linda para me dedicar à preguiça e... 

 
... reparem, uma piscina, que no meu imaginário é de água do mar! Querem melhor do que isto?!
 
 

 

domingo, 20 de julho de 2014

Capsule wardrobe 2


Decidi construir um guarda roupa base - capsule wardrobe -  com as minhas peças preferidas para usar no verão. Sim, estamos a meio do verão mas nunca é tarde demais! Se resultar comigo, se simplificar a minha vida, se me fizer mais feliz, farei outro para o outono, inverno, primavera, para usar durante 3 meses.
O objetivo não é sentir-me limitada, angustiada por só poder usar 33 peças durante 3 meses, por isso não vou seguir à risca o projeto 333. Ainda não defini o número de peças, mas isso não é o mais importante. Serão muito menos do que aquelas que tenho no guarda roupa, com certeza absoluta! Também terei que fazer escolhas, eliminar muitas delas depois da minha primeira escolha, depois de uma segunda ou até terceira escolha, até atingir um número de peças que considero razoável, suficiente para o meu estilo de vida e necessidades do meu dia a dia.  O objetivo é divertir-me com isso, ganhar mais tempo livre, perder menos tempo com a roupa.

Primeiro passo

Tirar tudo do roupeiro e gavetas.
Fazer uma pilha da roupa que mais gosto.

Segundo passo

Escolher o menor número possível de peças de roupa para usar até final de setembro (menos de 66!)
Incluir acessórios, sapatos, malas, casacos, partes de baixo e partes de cima (saias, calças, vestidos, camisolas, etc)
Não incluir roupa interior, de cerimonia, de desporto e de praia.

Terceiro passo

Arranjar uma caixa e arrumar toda a roupa que ficou de fora do capsule wardrobe , e guarda-la bem longe da vista.
Voltar a arrumar apenas as peças do wardrobe no guarda roupa e gavetas.
Aproveitar esta ocasião para destralhar (mais uma vez!) a roupa, deitar fora e doar algumas peças.





 

Como construir uma Capsule Wardrobe e simplificar a vida

Há cerca de 2 anos, no inicio do outono, fui passar 1 semana à casa de uma amiga que mora no norte da europa. Levei um trolley com 10 kg de roupa de inverno e um casaco quente na mão.Sai de Portugal com 20ºC e cheguei ao pais da minha amiga estavam uns  8ºC, o correspondente ao inverno rigoroso no Algarve. Quando regressei, fui diretamente para a casa da minha mãe, que estava adoentada e fiquei até hoje. Por falta de tempo e porque realmente não precisei, acabei por fazer o outono e inverno com a roupa que tinha levado na viagem. Foi uma experiencia que resultou e senti-me bem vestida durante esse período. Fui buscar poucas peças à minha casa, umas botas de inverno, outro casaco, alguns acessórios e pouco mais. Apercebi-me que não precisava de tanta roupa e que andava bem vestida na mesma. Era fácil escolher o que vestir de manhã e nunca tive o problema "não tenho nada para vestir". Foi uma experiencia que se proporcionou por força das circunstâncias, não foi  pensada nem planeada. Criei, sem saber, o meu Capsule Wardrobe (guarda-roupa base). Na primavera, quando o tempo aqueceu, fui então buscar toda a minha roupa. Voltei ao "normal", montanhas de roupa, guarda fato e comodas cheias de peças roupa, muitos de sapatos, malas, acessórios. Demasiadas coisas. Quero voltar a repetir a experiencia de viver com menos, viver melhor!

Capsule Wardrobe

O que é? Conjunto de peças coordenadas entre si que proporcionam vários looks.

Como fazer? Juntar um conjunto de peças de roupa e acessórios que combinam entre si.

O que ter em conta? O segredo  está nas cores. Peças básicas e linhas simples. As peças devem ser do mesmo estilo. Ter mais partes de cima do que debaixo. Acessórios são muito importantes. Sapatos devem combinar com tudo. Tirar fotos das várias combinações possíveis.

Para quê criar um? Não perder muito tempo a escolher a roupa. Menos trabalho a tratar da roupa. A roupa ocupa menos espaço no roupeiro. Estar bonita e arranjada. Simplifica o dia-a-dia.

Para quem não conhece, há um projeto chamado 333, 33 peças de roupa para usar durante 3 meses, façam uma pesquisa na internet, para perceberem como funciona. Não penso ir tão longe, 33 peças é um grande desafio!






 

Caixa de sugestões: uma caixa de recordações

Para quem tem grande apego como eu (assumi isso, finalmente!) é permitido ter uma (só uma!) caixa para guardar objetos de grande valor sentimental. Ajuda-me a combater a ansiedade que destralhar me provoca, porque sei que também há um lugar para manter o que tem um enorme valor sentimental.

Condições:
- A caixa não pode ser muito grande
- Os objetos tem que ser pequenos
- É só para o que é mesmo muito especial

Destralhar as revistas de decoração

Foi difícil e demorado (meses!) mas hoje deitei fora as últimas revistas de decoração. O apego é tramado! Ganhei uma prateleira na sala vazia e leveza de espirito. Nunca pensei que destralhar a minha casa e a minha vida seria um processo tão difícil para mim.

Destralhar os livros

Fui a uma biblioteca municipal e perguntei se queriam alguns dos meus livros, poderia leva-los para verem se estavam interessados. Só querem livros novos e atuais :(

Vou tentar encontrar um local que os aceite, antes de pensar em levar para a reciclagem.

sábado, 19 de julho de 2014

Destralhar a roupa: bijuteria

Só colares, que é o que mais uso. E uma pregadeira. O resto fica para outra altura.

Tentei separar por "verão", "inverno" e "todo o ano",  não resultou. Separei os colares por cores. Tirei as fotos para quando precisar de fazer conjunto com a roupa ser mais fácil.
Um foi para dar, ficaram uns 40 colares. Já tive mais, ainda são muitos...

 
A pregadeira

 
Os 2 colares que mais uso

 
Branco, preto, cinza

 
Bege, castanho, dourado

 
Verde

 
Azul

 
Vermelho, laranja, amarelo

 
Outras cores

 

Destralhar a roupa: malas, sacos, clutches

O melhor é tirar umas fotos para ver o que tenho no "closet", ajuda a prevenir compras desnecessárias!
Depois de destralhar, ficaram estas malas, sacos, clutches... (faltam aqui apenas as 2 malas pretas de trabalho novas)

 
 

 
Observar com distanciamento permite-me ver que:
 
Os 2 sacos de inverno que uso tem mais de 4/5 anos.
 
O saco de pano branco e preto que uso para tudo (desde ir à praia, compras de supermercado e até levar almoço ou lanche para o trabalho) tem mais de 1 ano, a minha compra mais recente.
 
Tenho imensas (demasiadas) malinhas e clutches, a mais recente tem 2 anos e a mais antiga tem mais de 10 anos.
 
A fuchsia tem mais de 10 anos e uso todos os verões.
 
A dourada é antiga, está impecável mas uso muito raramente.
 
Em preto, bastava ter apenas uma, embora sejam modelos e materiais diferentes, considero que são peças repetidas.
 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Falta o closet ou whatever

A Te, gosta de escrever e de partilhar com o mundo o que a faz mais e menos feliz e tem um blog em forma de laboratório, Ratinho de Laboratório! Gosto de acompanhar o diário da Te sobre as suas lutas diárias, porque me inspira e me faz refletir sobre as minhas!

Destralhar tem sido a palavra do meu ano 2014. É um processo, vou fazendo, destralhando, organizando, umas vezes fico doida, faço umas pausas mais ou menos prolongadas, mas não desisti nem desisto! A verdade é que já saíram sacos e mais sacos de coisas para doação, lixo e reciclagem.
Tenho feito isso aos poucos.
Por categorias (roupa, calçado, papelada, cozinha, móveis, exteriores).
Já fiz muito, falta fazer ainda muito.
"Herdei" a tarefa de destralhar as minhas coisas, claro, as do filho, as da mãe e as do pai. A casa da mãe. A casa do pai.
Coisas são objectos, assuntos, gestão.

Continuando o assunto deste post, destralhar ainda mais a minha roupa!

Depois dos vários destralhes da minha roupa, calculo que ainda terei 10% de coisas para sair da minha casa e da minha vida. Porque não gosto e não visto.
Não tenho flutuações de peso, por isso tudo me serve, sou assim desde sempre, nem mais gorda, nem mais magra.
Fiquei com demasiada roupa. Porque em tempos comprei demasiada roupa. Porque quero mudar o meu estilo de vida, ou seja ter menos pertences, considero que tenho demasiada roupa, mesmo depois de destralhar, destralhar, destralhar.
As peças que tenho são simples, "clássicas", as cores e padrões matchi-matchi, simples e discretos. Tenho imensas peças básicas, roupa interior, pijamas,... de tudo!
Por exemplo, fiquei sem malas e sacos para ir trabalhar porque dei tudo, já não gostava ou estava farta. Comprei agora duas malas para ir trabalhar, a única que tinha estragou-se. São simples, a cor dá com tudo, para todas as estações do ano, está feito!
Também não tenho t-shirts ou tops brancos porque se estragaram. Quero comprar apenas no próximo verão. Para gastar o que tenho noutras cores.
Leggins de ganga estão a precisar de reforma, estou a contar substitui-las nestes saldos.
Sapatos, a minha perdição, dei imensos, fiquei com poucos (conceito relativo, está claro!), estou a evitar comprar, mas preciso para ir trabalhar (o desgraçado do dress code!). Bonitos e confortáveis. Saltos altos já não consigo usar. Desabituei-me e agora não me venham dizer que se anda bem em cima de não-sei-quantos-centímetros, porque não é verdade!

The problem is...

O quarto até é grande. Tenho pouca arrumação para muita coisa. Preciso de um closet. Gosto de espaços amplos e com poucos móveis. Mais vazios. Não tenho uma divisão que possa destinar para o closet. Sou pão-duro. Não quero investir em mais coisas. Mais móveis. Mais armários. Mais pertences. Mais consumo.

A casa onde vivo é "uma casa muito engraçada", tem tecto, não tem muitas coisas grandes. Neste momento estou na sala. Não tenho aparador, armários, móveis. Tenho uma mesa grande e 6 cadeiras. Um sofá grande. Uma televisão. um móvel pequenino de verga com o telefone. A lareira. Um tapete. Apenas 4 prateleiras junto da lareira.
É uma casa rustica, recuperada do antigo, com tectos em madeira. Não precisa de muito para parecer acolhedora e habitada. Tem é pouca arrumação... that's my problem...

Tenho de perceber que gosto de roupa e de variar, não gosto de muitos móveis em casa. Continuar a destralhar para manter só aquilo que gosto e está bom. Falta o closet! Ou encontrar um equilíbrio entre coisas que tenho e espaço para as arrumar.

Obrigada Te, pelo teu post e pelas tuas sugestões!



 

domingo, 6 de julho de 2014

Destralhar o meu quarto num dia que se esperava uma onda de calor e afinal até choveu!

Mau tempo a sul e a pensar que vinha ai uma onda de calor. Até já choveu hoje no Algarve. Tinha uma praiada na costa vicentina planeada, mas com o tempo assim refiz os planos.

Como não estava satisfeita com a disposição dos móveis no meu quarto, excelente dia para mudar e destralhar!

O problema maior era o acesso à janela. Tinha uma arca em frente da janela, e sempre que queria abrir a janela ou a arca, era um filme, nada prático!

 
(A janela do meu quarto antes...)
 
 
(A janela do meu quarto depois...)


Mudei tudo! Continuo a achar que tenho demasiados móveis no quarto, mas não tenho outro local para os colocar. Refiro-me à arca com a nossa roupa de inverno e ao baú com lençóis e colchas.

 
Outra coisa que queria era dar mais cor à decoração. Muitos móveis castanhos, tudo muito escuro. Comprei uma colcha de verão em bege quase crú, que contrasta com o castanho. Ficou melhor e o investimento foi muito pequeno.

Relativamente a objetos inúteis, tralha, não encontrei muitas coisas. O meu quarto tem sido destralhado muitas vezes nos últimos meses.

 
(Dois objetos que só não são inúteis porque gosto deles: um quadro que pintei e um castiçal em ferro)
 
Continuo a ter muita roupa, "alguns" sapatos, mas sou mesmo assim, gosto de roupa e de variar, não sou propriamente minimalista, nem me sinto culpada por não o ser. Já me aceitei como sou nesta questão, não sou do género ter só uns sapatos, umas calças e uma camisola. Esforço-me por ter apenas aquilo que utilizo, e esse é um trabalho continuo, destralhar para não acumular coisas.

O problema da organização dos sapatos, com a nova disposição do quarto também melhorou. Continuam no chão, em filinha, mas mais visíveis e acessíveis.




(Os sapatos que estou a usar agora, no chão em filinha... )